Saturday, December 24, 2005

para que saibas...

Para que saibas o que sinto..para que saibas que não minto....

Eu disse-te aquilo que sentia e tu por ventura acabaste por me dizer que eu não era indiferente....os tempos passaram..os ventos mudaram....mal me disses-te que comigo querias falar..ja nem foi preciso advinhar...

Já não havia qualquer chama da tua parte...isso sabia eu desde que me olhaste naquela tarde...indiferente áquilo que pensas eu não andei a "comer" outras entretanto....não sei como pensas..para meu infeliz espanto..

Agora quero que saibas que aqui dentro ainda arde..
Mesmo depois daquele olhar..naquela tarde..
Amigos até ao fim eu prometo...embora sejas sempre aquela miuda arisca...
Mas é como o ditado diz:

"Quem não arrisca..não petisca"

Algo...

Não sei quem és, mas quando desenhei o teu sorriso entre o muralhar das ondas nada havia de doce, somente o contorno singelo das sílabas mortas no teu silêncio azul... e havia sal...



P.S: Em meu nome, em nome do J&B e do bRaIn_DaMaGe (equipa do blog) desejo a TODOS um Feliz natal com muitos presentes e muita alegria! :D

Saturday, December 17, 2005

Monoteísmo

Ora aqui está algo que escrevi na aula de Português em vez de tomar atenção à tão interessante matéria que era leccionada:
És o grito que ecoa nas paredes do meu coração. És o relâmpago que nasce e se extingue, deixando a minha alma no breu. És a Musa que me da o punho dos Deuses. És a Ambrosia e o Néctar da minha mente. És a Andrómeda e Cassiopeia nos frisos da minha alma. És a luz amena que alumia o arranhar da pena no meu coração. És o espirito qe vejo quando meu sangue esta bêbado. És a Náiade que me puxa para o lago escuro do amor eterno. És a estátua a que rezo quando outros se prostram ao Universo. És o pedaço de tecido que mancho de sangue num campo vazio. És a alma que exulto sem nunca a ter visto. És o vulto que vejo embalado num véu. És o Anjo que busco de mãos ensanguentadas. Sou um cego talvez, um surdo de certo, por nunca ter visto a luz ou ouvido a melodia que emanas.
Mas, és o veneno que me corrói. Quando estou longe, é de ti que vivo, do remoer do teu riso. És os pedaços de alma que sacrifíco a cada palavra que escrevo. És o vício que me satura de ressacas e doenças. És aquilo que escrevinho no manto de uma estatua sem vida das minhas catacumbas. És as letras qe se debatem e agoniam na frágil areia. És aquilo qe escondo atras de palavras belas. És o Sol da minha noite e a Lua do meu dia.
Raios!! Será que não percebes?! Será que não vês que preciso de te sentir agarrada a mim? Quero a sede do teu sangue. Quero a inocência da tua hesitação e a avalanche da tua sofreguidão. Quero derramar meu coração sobre ti.
Não o vês? Não o sentes?És, então, mais cega do que eu.