Saturday, December 17, 2005

Monoteísmo

Ora aqui está algo que escrevi na aula de Português em vez de tomar atenção à tão interessante matéria que era leccionada:
És o grito que ecoa nas paredes do meu coração. És o relâmpago que nasce e se extingue, deixando a minha alma no breu. És a Musa que me da o punho dos Deuses. És a Ambrosia e o Néctar da minha mente. És a Andrómeda e Cassiopeia nos frisos da minha alma. És a luz amena que alumia o arranhar da pena no meu coração. És o espirito qe vejo quando meu sangue esta bêbado. És a Náiade que me puxa para o lago escuro do amor eterno. És a estátua a que rezo quando outros se prostram ao Universo. És o pedaço de tecido que mancho de sangue num campo vazio. És a alma que exulto sem nunca a ter visto. És o vulto que vejo embalado num véu. És o Anjo que busco de mãos ensanguentadas. Sou um cego talvez, um surdo de certo, por nunca ter visto a luz ou ouvido a melodia que emanas.
Mas, és o veneno que me corrói. Quando estou longe, é de ti que vivo, do remoer do teu riso. És os pedaços de alma que sacrifíco a cada palavra que escrevo. És o vício que me satura de ressacas e doenças. És aquilo que escrevinho no manto de uma estatua sem vida das minhas catacumbas. És as letras qe se debatem e agoniam na frágil areia. És aquilo qe escondo atras de palavras belas. És o Sol da minha noite e a Lua do meu dia.
Raios!! Será que não percebes?! Será que não vês que preciso de te sentir agarrada a mim? Quero a sede do teu sangue. Quero a inocência da tua hesitação e a avalanche da tua sofreguidão. Quero derramar meu coração sobre ti.
Não o vês? Não o sentes?És, então, mais cega do que eu.

2 comments:

Mary Of Silence said...

Excelente, adorei o texto! Tem muito a ver com o que escrevo...

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Anonymous said...

Bem...tens um jeito pa screver estas cenas...o q tu dizs e mm profundooo...fiqei sem palavras so d ler...! tens futuro nisto, qd escrevers mais cenas, poe aqi...! Bjnhs*